terça-feira, 3 de abril de 2012



PLANTA URBANA DO MUNICÍPIO DE ACEGUÁ/RS

FOTOS DO MUNICÍPIO



terça-feira, 10 de agosto de 2010

História
Seus primeiros habitantes foram índios dos campos do Rio Grande do Sul: Charruas, Guenoas e Minuanos. O primeiro relato histórico de nosso município, remonta ao ano de 1660, quando os Espanhóis vindos da banda Oriental, penetraram pela serrania de Aceguá, e fundaram a redução de Santo André do Guenoas em 1683. A notícia histórica que se tem a seguir sobre nosso município é de dezembro de 1753 quando os dois exércitos Portugueses e Espanhóis, saindo respectivamente de Rio Grande e da colônia de Sacramento iniciaram a marcha em direção a Santa Tecla. Segundo os diários de marcha o exército Português, chegou às cabeceiras do Rio Negro , hoje no Uruguai, onde já estava acampado o exército Espanhol.
Depois de uma solenidade militar (a primeira solenidade militar em terras de Aceguá), os primeiros tiros de canhão eram ouvidos naqueles céus. Os dois Generais conversaram até a noite, e devido às promoções de oficiais que ocorreram na solenidade, este local foi denominado ``Campo das Mercês``, que nos dias atuais é o ponto de encontro dos três distritos do município de Aceguá (Colônia Nova, Minuano e Rio Negro). A origem do nome Aceguá no dialeto Tupi- Guarani significa “yace-guab” e possui diversos significados: um deles``Lugar de Descanso eterno``, indicando o local que os indígenas escolhiam para viver seus últimos dias, por ser um lugar alto que proporcionava alentadora visão panorâmica da região e proximidade com o céu (provável cemitério indígena);outro significado é “terra alta e fria”,características geográfica e climática do local; mais outra interpretação é “seios da lua” por ser local com cerros altos (Serra do Aceguá) Existe também no folclore popular da região, outra explicação para a origem do nome Aceguá, que por ser uma região de abundância de uma espécie de lobo pequeno, denominado ``Guará ou Sorro`` que possui um uivo característico, e por ser há mais de dois séculos ``El Camino de Los Quileros” (contrabandistas castelhanos e portugueses, que circulavam com mercadorias em lombo de cavalos, conforme as demandas de cada um dos mercados da banda Ocidental e Oriental da fronteira). Estes ao passar pelos cerros e ouvir o uivo dos ``Sorros `` diziam, “Hay um bicho que hace guá”.
Portanto a formação da vila do Aceguá é resultante do comércio informal entre os dois países, pois a fronteira seca é um caminho natural entre países limítrofes. Sua etnia é diversificada composta por descendentes de portugueses, espanhóis, índios e negros que formaram `` o Gaúcho `` ou “ el Gáucho ” nos dois lados da fronteira. Posteriormente a região recebeu a colonização alemã, resultante nas comunidades rurais de Colônia Nova, Colônia Médice e Colônia Pioneira, com hábitos e tradições germânicas. Também recebeu a imigração Árabe com costumes e tradições próprias, que passaram a explorar e dinamizar o comércio local.
Aceguá no século XX, principalmente no período após a segunda Guerra Mundial com a carência de proteína vermelha e de agasalhos na Europa, passa por um período de grande desenvolvimento e fortalecimento da bovinocultura de corte e ovinocultura, produtos altamente expressivos até hoje no PIB do município. Seu comércio é resultado da diferença cambial entre Brasil e Uruguai sendo esta, na maioria das vezes, favorável ao Brasil, o que atrai os consumidores Uruguaios. Na área de Colonização Alemã até a década de 60, a principal atividade econômica era a cultura de trigo. Com fatores de falta de incentivo e concorrência do trigo Argentino desestimulando a produção, fez com que estes produtores se voltassem para a atividade de bovinocultura de leite, fortalecendo a Cooperativa Mista Aceguá Ltda (CAMAL) e tornando-se nos dias de hoje uma das mais importantes bacias leiteiras do Rio Grande do Sul, com produção de matrizes com alto padrão genético.
A partir da década de 70, houve uma migração de produtores de arroz da metade norte do estado, de origem Italiana e Alemã, que formaram parcerias agrícolas com os estancieiros iniciando um sistema de integração lavoura pecuária, com rotatividade de cultivo de arroz e semeaduras de pastagens (trevo, cornichão e azevém) para o engorde de bovinos, principalmente nos distritos de Rio Negro e Minuano. Também é importante salientar que no final da década de 70, iniciou o criatório de Cavalos Puro Sangue Inglês para carreiras em Aceguá, com a emigração dos mais famosos criatórios do Brasil, graças a nossas condições de clima subtropical tendendo a temperado, nossa topografia levemente ondulada, nossas estepes de solos argilosos, onde podemos cultivar pastagens artificiais de trevo, azevem e cornichão consorciados, habitat natural reunindo excepcionais condições de criar Potros fortes e com mais liberdade. Sendo com o passar dos anos nossa região, chamada nos meios do Turfe “a kentucky brasileira” frente aos campeões que se criaram na Pampa aceguaense. A área geográfica de Aceguá pertenceu em passado próximo ao Município de Bagé, tendo se emancipado em 16 de abril de 1996. Porém, sua estrutura administrativa tem marco inicial datado de 1 de janeiro de 2001. Aceguá Brasil e Aceguá Uruguai, estão localizadas na linha de fronteira, no meio do caminho entre Melo (Uruguai) e Bagé (Brasil), distando aproximadamente 60 km de cada uma, e ao longo de sua história tem sido um exemplo de união entre dois países.
TURISMO HISTÓRICO:
OS MARCOS FRONTEIRIÇOS E A HISTÓRIA DA DEMARCAÇÃO DAS FRONTEIRAS




Marco Fronteiriço número um que foi inaugurado em 09 de maio de 1915, motivo do encontro na época do Presidente da Província Dr. Borges de Medeiros e do Presidente do Uruguai, para a sua inauguração, momento da frase que identifica Aceguá pronunciada pelo Dr. Borges de Medeiros: "Em Aceguá, tudo nos une e nada nos separa".


Os países limítrofes da América do Sul sempre aplicaram regimes específicos para suas áreas de fronteira, qualificando-as como faixa de segurança.


No Brasil a fronteira foi concebida como área de segurança nacional para ser protegida, o marco jurídico institucional que define e regulamenta a ocupação e o desenvolvimento da Faixa de Fronteira do Brasil são: Lei n. 6.634/79 e o Decreto n. 85.064/80, para uma área de até 150 Km da linha do limite internacional de acordo com o Ministério da Integração Nacional.

Venham conhecer a Serra do Aceguá



A Serra do Aceguá localiza-se à 54 graus e 09 min de longitude e 31 graus e 52 min de latitude a 280 m de altitude acima do nível do mar, na fronteira com o Brasil e a ROU República Oriental do Uruguai, no centro entre Jaguarão e Santana do Livramento com uma característica peculiar, uma fronteira seca, sendo Aceguá do lado brasileiro e também do lado uruguaio, sendo que conta do lado uruguaio com a instalação da zona de freshopings e do lado brasileiro estâncias gaúchas que contam as suas histórias, os haras e as cabanhas ciradoras de cavalo crioulo.